Fast-food, de acordo com o Cambridge significa: "Comida quente tal como um hamburguer que é rápida para cozinhar ou já está cozida e por isso é servida muito rápida num restaurante".
Geração fast-food vem a ser aqueles que nasceram durante a rápida evolução da tecnologia, da qual este que vos escreve faz parte. Somos marcados pelo grande acesso a informações, pais que trabalham fora, excesso de exposição a mídia alienante e capitalista (vulgo desenhos com comerciais de brinquedos caros e inúteis, mas que precisamos ter), comida rápida, internet rápida, dinheiro rápido, dia rápido, microondas, miojo, etc, etc. Claro, não posso me esquecer dos relacionamentos rápidos.
Queremos tudo pra ontem, só que nem tudo pode ser feito com tanta rapidez. Num relacionamento amoroso por exemplo, tem que ter afetividade, e isto não é algo que se possa ter do dia pra noite numa cama e num quarto escuro, é algo que deve ser cozinhado em fogo baixo, temperado com muita conversa e paciência. Bom, mas isso é outro assunto.
Além disso, o excesso de velocidade em tudo causa ansiedade, que acaba por acarretar outros diversos tipos de problemas de saúde.
Se você comparar um Big Mac com o lanche do trailer do tiozinho da praça, vai perceber que o X-Tudão do tiozinho é muito mais bem temperado que o lanche do seu concorrente fast-food. Com isso podemos fazer um paralelo com nossas vidas, que muitas vezes falta um tempero a mais.
Podemos ver na imagem acima a diferença de um lanche fast-food e um X-Tudo do trailer do tio da praça
Como numa lanchonete fast-food, temos o nosso cardápio (Orkut, MSN, Facebook, Twitter) falando sobre nossas qualidades, defeitos, problemas e o nosso preço. Em nossos relacionamentos, primamos a quantidade à qualidade.
Queremos uma receita rápida para tudo, e podemos ver isso em título de livro, como (eu inventei os nomes para não denegrir a imagem de nenhum autor): como agarrar um homem em 10 dias, como ter sucesso em 7 passos, como fazer isso ou aquilo em tantos dias etc.
Somos marcados também pelo consumismo, o ter é ser. Andar com roupas de marca dentro de um carro, estudar nas escolas mais caras, ter vídeo-game da última geração antes de todo mundo, ter o celular de 1001 utilidades que R$ 3 milhões, ter o melhor notebook, óculos, tênis, casa, ter, ter, ter. Quanto mais se aparenta ter, mais status.
Ser fútil, todo mundo é um pouco, imagine um monte de adolescentes conversando só sobre política, literatura brasileira e o problema da fome no mundo, mas o consumismo exagerado tem nos alienado e futilizado cada vez mais. Não lemos jornais ou alguma revista com conteúdo, só lemos os livros chatos da escola e o mural do facebook. Estamos, a cada ano que passa, mais fúteis.
Acredito que toda essa comida rápida tem nos feito mal. Talvez um pouco mais de exercício faça um pouco de sangue circular, antes que precisemos de algumas pontes de safena.
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